Roberto Gameiro
Nós pais, fruto do bem que desejamos para os nossos filhos, temos sempre preferências e desejos para influenciar as decisões deles em relação ao futuro pessoal e profissional. Entretanto, sabemos que não temos esse poder todo, já que cada um é um, singular e com potencialidades específicas.
Isso se revela, no dia a dia das famílias, de formas diversas.
Famílias há com pais formados em nível superior, bem-sucedidos nas suas profissões, com filhos que, pelo menos nas faixas etárias regulares, nada querem em termos de estudos.
Famílias com tradição em determinadas áreas, como a medicina, por exemplo, cujos filhos não querem seguir a mesma carreira.
Educadores dedicados a seus alunos, conselheiros naturais de crianças e adolescentes, com ascendência para orientação destes, mas que não logram o mesmo êxito em relação aos próprios filhos.
Empresários de sucesso em suas organizações, cujos filhos negam-se a assumir a sucessão familiar.
Essas situações não conduzem necessariamente a insucessos pessoais ou profissionais dos filhos. Howard Gardner na sua “Teoria das inteligências múltiplas” ajuda-nos a aprofundar estas questões.
Não se pode esperar, portanto, que os filhos façam suas escolhas em função da vontade de outrem, sejam amigos ou outras pessoas de referência, ou até os próprios pais.
O ser humano foi criado com a capacidade de livre-arbítrio regulada pela sua própria vontade e liberdade para a tomada de decisões em relação à sua vida. A livre escolha é, portanto, inerente à condição humana.
Até porque, como escreveu Khalil Gibran (1883-1931) no seu livro “O Profeta”: “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.”.
Não podemos, entretanto, abdicar da função de orientadores naturais da nossa prole; especialmente quando os filhos são crianças ou adolescentes.
Enfim, na analogia iniciada no título deste artigo, há que se considerar que “espetos de pau” podem levar a resultados tão bons quanto quaisquer outros.
(Leia também) (Siga-me)
Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 19/11/2017.
Nós pais, fruto do bem que desejamos para os nossos filhos, temos sempre preferências e desejos para influenciar as decisões deles em relação ao futuro pessoal e profissional. Entretanto, sabemos que não temos esse poder todo, já que cada um é um, singular e com potencialidades específicas.
Isso se revela, no dia a dia das famílias, de formas diversas.
Famílias há com pais formados em nível superior, bem-sucedidos nas suas profissões, com filhos que, pelo menos nas faixas etárias regulares, nada querem em termos de estudos.
Famílias com tradição em determinadas áreas, como a medicina, por exemplo, cujos filhos não querem seguir a mesma carreira.
Educadores dedicados a seus alunos, conselheiros naturais de crianças e adolescentes, com ascendência para orientação destes, mas que não logram o mesmo êxito em relação aos próprios filhos.
Empresários de sucesso em suas organizações, cujos filhos negam-se a assumir a sucessão familiar.
Essas situações não conduzem necessariamente a insucessos pessoais ou profissionais dos filhos. Howard Gardner na sua “Teoria das inteligências múltiplas” ajuda-nos a aprofundar estas questões.
Não se pode esperar, portanto, que os filhos façam suas escolhas em função da vontade de outrem, sejam amigos ou outras pessoas de referência, ou até os próprios pais.
O ser humano foi criado com a capacidade de livre-arbítrio regulada pela sua própria vontade e liberdade para a tomada de decisões em relação à sua vida. A livre escolha é, portanto, inerente à condição humana.
Até porque, como escreveu Khalil Gibran (1883-1931) no seu livro “O Profeta”: “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.”.
Não podemos, entretanto, abdicar da função de orientadores naturais da nossa prole; especialmente quando os filhos são crianças ou adolescentes.
Enfim, na analogia iniciada no título deste artigo, há que se considerar que “espetos de pau” podem levar a resultados tão bons quanto quaisquer outros.
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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor
na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
O que podemos fazer enquanto pais ou profissionais é propiciar a autonomia visando a maturidade para as escolhas pessoais e profissionais.Vale a reflexão.
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