Atualizado em 28/08/21
Roberto Gameiro
É atribuída a Platão (427 a 347aC) a frase: "A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua conduta ulterior.".
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) regula, desde 2013, que a educação básica é de matrícula obrigatória dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015 apontava um crescimento da taxa de escolarização de crianças de 4 e 5 anos. Em 2007, 70% dessas crianças frequentavam a escola. Em 2011, 77,4%, e, em 2015, 84,3%. Já em 2018, foi de 92,4 e, em 2019, 92,9%. Ressalto o aumento do percentual após o MEC definir a obrigatoriedade a partir dos 4 anos de idade.
São boas notícias.
Por que esses dados são importantes?
“Os investimentos na educação das crianças até a faixa dos 6 anos de idade são decisivos para o sucesso na vida adulta”. Essa afirmação é de James Heckman, prêmio Nobel de Economia de 2000, que esteve no Brasil recentemente. Nas entrevistas que tem dado a jornais e revistas, Heckman ainda diz que essa é uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção, como uma esponja. Informa, ainda, que países que não investem na primeira infância apresentam índices de criminalidade mais elevado e níveis menores de produtividade, e lamenta que essa fase seja negligenciada.
Não basta, entretanto, que estejam matriculados. É preciso levar em conta a qualidade do serviço prestado pela escola, que, em média, no ensino público, no Brasil, é muito baixa.
Por outro lado, além da escola, Heckman proclama a necessidade de políticas públicas que façam convergir diversos agentes como famílias, creches, pré-escolas, centros de saúde e outros órgãos, em prol da integração das crianças à sociedade, longe da violência e com bom poder de julgamento e autocontrole. E completa afirmando que investir nessas faixas etárias é o caminho mais certeiro para pôr um país na rota do desenvolvimento.
Há que se investir significativamente na educação, em especial na formação das crianças, com ênfase na melhoria da qualidade do ensino nas escolas públicas, incluindo a necessária valorização dos professores, em todos os níveis: municipais, estaduais e federal (no que couber).
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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 03/10/2017.
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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor
na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
Vale ressaltar a valorização e formação permanente do educador nesse processo é fundamental para a construção de um bom sistema de educação de crianças e jovens. Enquanto professor não for prioridade no Brasil não haverá educação de qualidade capaz de impactar a a a sociedade
ResponderExcluirMuito bom,professor!
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