Roberto
Gameiro
Um famoso apresentador de programas de televisão, já
falecido, tinha diversos bordões que repetia sempre. Um deles era: “Alô,
atenção! Eu vim para confundir e não para explicar”. No contexto do
entretenimento a que se propunha, a frase não trazia maiores consequências.
Essa frase, se falada hoje, parece caber sob medida,
especialmente no Brasil, para definir muita gente que através de diversas
mídias propaga informações que “confundem as cabeças” das pessoas,
principalmente as das crianças e dos adolescentes. E eu não estou falando
apenas de maus políticos.
Vivemos uma época de incertezas. Os conceitos, as certezas e as crenças são postos à prova a cada “novidade” que aparece, algumas das quais
estapafúrdicas, mas defendidas com tal ênfase pelos introdutores, que, de tanto
serem repetidas, passam a parecer verdades. E, nesse clima, muitos pais já não
sabem como encaminhar a educação dos filhos, e muitos educadores já não têm
certeza se as normas e as regras da escola continuam valendo.
O processo de educação dos jovens, na família e na escola,
exige muito de perseverança e resiliência de pais e educadores; a eles cabe não
deixar passar nenhuma oportunidade através da qual possam, os pais, transmitir
valores morais e éticos, e os professores, fazer com que as crianças e
adolescentes adquiram competências que os ajudem a trilhar caminhos de “boa”
cidadania, aplicando e reforçando os atributos saudáveis que trazem de
casa. Defino essas ações como “onda do bem”, que enfatiza a importância da
parceria da família com a escola.
Entretanto, a sociedade atual promove, também com muita
insistência, uma ação que defino como “onda do mal”.
Essa “onda do mal” nos coloca atrás de grades nas nossas
próprias casas, dificulta os relacionamentos presenciais, nossos e dos nossos
filhos, causa o receio de sermos vítimas de assaltos, traz desinformações pelas
mídias sociais, as incertezas acima referidas etc. E nesse “etc” tem muita
coisa; inclusive o desejo de muitas famílias de deixar o país.
No entanto, as pessoas do bem são maioria na população. Há,
portanto, esperança.
Façamos com que a “onda do bem” seja muito maior do que a
“onda do mal”, num “confronto” pacífico, legal e democrático que pode
perfeitamente começar com boas escolhas de governantes e legisladores nas
próximas eleições.
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Roberto Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor
nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e
adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
Parabéns pelo estimulante texto Roberto
ResponderExcluirContinue a nos brindar com suas reflexões!
Vamos a luta pela onda do bem! Muito bom esse texto!
ResponderExcluirMuito bom seu blog
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