Roberto
Gameiro
É de Clarice Lispector (1920-1977), escritora
e jornalista ucraniana naturalizada brasileira, a afirmação: “Sou como você me
vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando
e como você me vê passar”.
Cada um de nós tem uma imagem de si próprio,
fruto das vivências e do concerto formado pelas características da
personalidade e do caráter.
Nem sempre a forma como nós nos vemos
coincide com a forma como os outros nos veem. Essa relação não necessariamente
coincidente tem a ver com os valores que direcionam os olhares do emissor e do
receptor, o que significa que não se pode afirmar que uma das visões é mais
correta do que a outra.
Nesse contexto, o escritor e conferencista
Paulo Vieira complementa: “A maneira como você se vê determina suas escolhas,
ações, reações e, sobretudo, os resultados que tem e terá na vida”, e que
“Nossas crenças sobre nós mesmos influenciam todas as nossas escolhas mais
significativas e importantes, direcionando todas as nossas decisões e,
portanto, determinando a vida que levamos.”.
Isso ocorre de maneira especial com as
crianças e adolescentes que, por não terem ainda as conexões cerebrais
suficientemente amadurecidas, apresentam tendências de copiar comportamentos
sem passá-los pelo filtro da razão, o que atrapalha o discernimento da forma
como se veem, e se sujeitam a aceitar facilmente a forma como os outros os veem.
Por isso, a importância da existência de “pessoas de
referência” na educação e formação das crianças e adolescentes. De preferência,
os próprios pais. Pessoas que sejam presentes e inspiradoras de posturas e
ações construtivas e saudáveis, que encarnem valores profundos e os proclamem
com força significativa para auxiliá-los no processo de amadurecimento de suas
conexões cerebrais.
Leve-se em conta, também, quem nos vê e, como
escreve Clarice Lispector, quando e como nos vê. Dependendo do quem, onde, como
e quando nos veem, poderemos ser valorizados positivamente ou negativamente.
Procuremos, portanto, sempre que possível, estar nos lugares certos, nos
momentos certos e com as pessoas certas, não nos sujeitando a sermos
“avaliados” por pessoas erradas e inadequadas.
Carl Rogers (1902-1987), fundador da
psicologia humanista, afirmou: “Todo ser humano, sem exceção, pelo mero fato do
ser, é digno do respeito incondicional dos demais e de si mesmo; merece
estimar-se a si mesmo e que se lhe estimem.”.
Cuidemos da nossa autoestima.
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Gameiro em: http://www.textocontextopretexto.com.br.
Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas
áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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Excelente texto, me foi muito útil para o componente curricular Projeto de vida com os alunos, parabéns e obrigado!
ResponderExcluirAmei o texto, desperta uma coisa boa dentro da gente ...
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