Roberto Gameiro
"Reportagem informa que Estudo mostrou que 25,1%
das garotas com idade entre 13 e 15 anos bebem ao menos uma dose por mês. Há uma
década, eram 20%."
Já se disse que não vivemos apenas uma época de mudanças, mas
sim uma mudança de época.
Daniela Diana,
licenciada em letras pela UNESP, escreveu que “A mudança social é a transformação
da sociedade e do seu modo de organização. Decorre de hábitos e costumes que
deixam de fazer ou que começam a fazer parte do cotidiano das pessoas” e ainda
que “Como qualquer mudança, há uma série de consequências benéficas e outras
menos benéficas para a sociedade. A mudança, muitas vezes tida como sinônimo
de progresso, pode, por outras vezes, ir ao encontro da perda de valores.”. (*)
A nossa sociedade está
mudando com uma velocidade nunca antes experimentada, ocorrendo em todos os
segmentos, com ênfase especial entre os mais jovens, mais suscetíveis e
provocativos em termos de questionamentos do status quo.
Revista de grande
circulação nacional publicou recentemente uma reportagem na qual informa que
“Estudo realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), com
base em dados do IBGE, mostrou que 25,1% das garotas com idade entre 13 e 15
anos bebem ao menos uma dose por mês – há uma década, eram 20%. Entre os
garotos, o índice é de 22,5% - dez anos atrás, batia nos 28%. A mudança ilumina
um novíssimo problema: elas bebem mais do que eles”.
Esse fenômeno se torna
mais grave ao se constatar (e não é difícil fazê-lo) que em muitos casos
acontece com o conhecimento e a conivência dos próprios pais.
Todos sabemos que a
venda e ou o fornecimento mesmo que gratuito de bebida alcoólica para menores
de dezoito anos são proibidos por Lei. Mas Lei, ora a Lei. Muitos adolescentes
recorrem a colegas maiores de 18 anos para a compra da bebida – isso, sem
contar que muitos possuem cédulas de identidade falsas...
Acresça-se a grande
quantidade de opções de bebidas alcoólicas de sabor adocicado, mais palatáveis
para as jovens, que inunda os mercados.
Ainda na mesma
reportagem, a revista cita Ludhmila Abrahão Hajjar, do Hospital Sírio-Libanês e
do Instituto do Coração, em São Paulo, que afirma que “A vulnerabilidade
feminina, nesse aspecto, é notória. O organismo da mulher tem quantidades
menores de enzimas responsáveis pela metabolização do álcool, o que faz com que
a substância demore mais tempo para ser eliminada.”.
Dizem que o primeiro
passo para resolver um problema é identificá-lo. Esse problema está mais do que
identificado e delimitado. Há que se buscar formas de resolvê-lo ou, pelo
menos, minimizar suas consequências em relação à saúde das mulheres, hoje
jovenzinhas, que se deixam levar pelo equívoco do prazer enganoso da bebida
alcoólica.
Artigo editado e publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 27/06/19, sob o título "Adolescentes e o álcool".
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Leia também o artigo
“Os adolescentes e o álcool (1)” acessando: https://www.textocontextopretexto.com.br/2017/09/os-adolescentes-e-o-alcool.html
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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas
áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e
adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.
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Grande preocupação.Nossos jovens são vítimas de uma sociedade corrompida.
ResponderExcluirPreocupante! haja vista que o organismo feminino não tem uma enzima que "desdobra" melhor o álcool, o que leva a embriaguês mais rápido. Contudo, socialmente, em certas circunstâncias é um facilitador nos relacionamento pessoal. O difícil é encontrar o equilíbrio. Todavia, não se deve menosprezar o efeito viciante!
ResponderExcluirImpressionante esse fenômeno que venho observado na realidade dos meus sobrinhos e filhos de amigos. Texto rico e esclarecedor para um assunto tão polêmico!
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