Roberto Gameiro
Eu tive um sonho.
Sonhei que havia o bem e não havia o mal.
Que havia o bom e não havia o mau.
Que havia a verdade e não havia a mentira.
Que todos se respeitavam e se ajudavam.
Mas, no meu sonho, eu, pobre incrédulo, achava que só podia estar sonhando.
E não acreditava no que via e sentia.
Embora fosse aquilo o que eu sempre pedia nas minhas orações.
Então, por que a minha dúvida?
Será que eu estava sonhando um sonho do passado?
Ou do futuro?
Tudo aquilo era muito bom para ser verdade.
Mas no fundo, no fundo, meu coração teimava em crer que era realidade.
E se não fosse um sonho?
Que era o ceticismo que conduzia os meus pensamentos?
Mas eu nunca fui cético. Eu sempre procurei acreditar no lado bom das pessoas.
Que um mundo novo era possível.
E agora que esse mundo se apresentava para mim, eu duvidava dele?
Resolvi testar.
Tentei corromper, mas não encontrei quem pudesse ser corrompido.
Caminhei sozinho na noite e não encontrei quem tentasse me assaltar.
Tentei comprar uns produtos pirateados, mas não encontrei ninguém que se dispusesse a vendê-los.
É claro que eu não pretendia corromper quem quer que fosse, nem comprar produtos pirateados.
(...)
Mas, por um momento, achei que podia não ser um sonho, porque ele não acabava; permanecia, e eu continuava lá.
Então, comecei a usufruir daquele mundo perfeito, me relacionando com as pessoas, "sorriso nos lábios", brilho no olhar, paz de espírito, empatias, tranquilidade, sem medos, sem receios, um mundo ideal...
E lá estava eu, vivendo uma realidade almejada, esperada e buscada, entregando-me completamente à nova prazerosa realidade.
Mas, de repente, um barulho estridente foi tomando conta do ambiente, e aumentando, aumentando, até ... me acordar.
Eram as sirenes de viaturas policiais que chegavam para atender a uma ocorrência de violência numa casa vizinha.
(...)
Eu tive um sonho.
Que bom se tivesse sido verdade.
Mas me acode a esperança de que sonhos podem se transformar em realidade.
Augusto Cury escreveu: “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! Não tenha medo dos tropeços da jornada.” (Você é insubstituível. Rio de Janeiro, 2002)
E continuo crendo que um mundo novo ainda é possível.
Miguel de Cervantes escreveu no seu "Dom Quixote de La Mancha": "quando se sonha só é só um sonho; quando se sonha junto é o começo da realidade".
Só depende de mim, de você, de todos nós.
Vamos fazer a nossa parte?
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
Nice post thank you Theresa
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