Atualizado em 22/10/22
Roberto Gameiro
O cartunista americano Hugh MacLeod escreveu no seu “Ignore Everybody” que "a melhor maneira de obter aprovação é não precisar dela. Isso é igualmente verdade em arte e negócios. E amor. E praticamente tudo o mais que vale a pena ter.".
A expressão “valer a pena” quer dizer que o sofrimento, o investimento, a dor, valeram porque trouxeram o resultado esperado. E isso, como indicou o artista, é verdade nas artes, nos negócios e nos inter-relacionamentos, sejam eles pessoais, sociais ou profissionais.
Não necessitar de aprovação para praticar o bem, então, é próprio do cidadão consciente; aquele que não depende da aprovação dos outros para ser honesto, digno, verdadeiro.
Assim, preocupa aquele que vive em função daquilo que os outros possam pensar dele. Não é a cidadania que o move, mas a angústia de poder não ser aceito pelos outros. Devido a isso, espera aplauso para tudo o que faz; e, quando ele não vem, fica entre aflito e atormentado, até rancoroso, procurando culpados para a falta de elogios, considerando que, “com certeza, não é ele próprio o culpado”.
Ser honesto, digno e verdadeiro, em um país com tanta história de corrupção, e no qual a “lei de Gerson” infelizmente prepondera nalguns setores, traz, muitas vezes, ônus a quem o é. É o caso, por exemplo, do bom estudante, que antigamente era chamado de cdf, e agora denomina-se nerd.
Em outro trecho da obra citada, o autor escreve: "Você deve encontrar seu próprio talento. Um Picasso sempre parece que Picasso o pintou. Hemingway sempre soa como Hemingway. Parte de ser um mestre é aprender a cantar na voz de ninguém, mas na sua própria.".
Seja você mesmo! Faça valer o seu caráter, a sua personalidade, o seu carisma, as suas competências, sabendo que a verdade sempre prevalecerá diante das iniquidades. Seja autêntico.
A autenticidade, quando positiva, é característica daqueles que não dependem da aprovação alheia para justificar suas posturas e suas ações. Valorizam o seu próprio talento, são cidadãos conscientes, autoconfiantes, aceitam o erro como parte do aprendizado, não se deixam abater pelos possíveis fracassos, são perseverantes, flexíveis e resilientes, enfim, falam, escrevem e “cantam com a sua própria voz”.
Faça valer a pena!
Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 02/07/17
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional.
Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
Nice post thank you Teofilo
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