Roberto Gameiro
“Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.”
“Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.”
Essa frase, atribuída a Mark Twain (1) e, também, a Jean Cocteau (2), pode servir de introdução a este texto.
Claro que não podemos entender como absoluto o significado da afirmação, concluindo que nada é impossível, que tudo é possível; se assim fosse, correríamos o risco de encaminhar nossas crianças e jovens, às vezes, por caminhos perigosos e fatais.
Quero enfatizar, da frase, o que ela nos apresenta de incentivo às possibilidades que nos apresenta a vida e que, por vezes, por falta de ânimo, de crença em nós mesmos, de perseverança, de vontade forte, de princípios norteadores, de sentido de vida, deixamos de aproveitar.
Jung Mo Sung escreveu que “O ambiente social e cultural também está passando por profundas transformações. Os valores tradicionais ou modernos que vinham norteando a vida das pessoas e da própria sociedade estão sendo modificados ou até mesmo dissolvidos. Essa dissolução das referências culturais antes vistas como sólidas e as profundas transformações no campo econômico-social têm gerado, por exemplo, a banalização da violência, a exacerbação do consumismo e a busca, quase que obsessiva, do corpo e a beleza perfeitos.”. (Educar para reencantar a vida, 2007)
A história da humanidade está repleta de exemplos de homens e mulheres que, cada um à sua época e no seu contexto, fizeram a diferença – tanto para o bem como, infelizmente, para o mal.
As oportunidades podem surgir para todos e, tendo tido a pessoa uma boa formação, ela aproveitará e seguirá aquelas que, ao tempo em que contemplam seu projeto de vida, sejam corretamente éticas e agreguem valor social.
Estou falando de “gente do bem”. A nossa sociedade tem muitas pessoas do bem, com certeza em número muito maior do que as do mal. Felizmente. Há, portanto, esperança.
A formação das pessoas do bem se faz através de um processo de educação baseado em valores, na escola, na família, na igreja e na sociedade em geral.
Albert Einstein disse certa vez: “Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele você conquistará o mundo.”.
Há que se orientar as crianças e os jovens para serem construtores de uma nova sociedade, mais solidária, mais justa, amorosa e sustentável; e fazê-lo sob as premissas do bom exemplo, do testemunho, da autenticidade e da vivência de valores.
Jovens autênticos, formados para o bem, serão cidadãos conscientes que contribuirão, com suas ações e posturas, para a melhoria da qualidade de vida de todos que com eles convivem.
Depende deles, depende de cada um de nós.
Um mundo novo não é impossível.
Vamos lá e façamos a nossa parte!
(1) Mark Twain – escritor e humorista norte-americano (1835-1910)
(2) Jean Cocteau – poeta, romancista cineasta, designer, dramaturgo e ator francês (1889-1963)
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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 30/03/16, sob o título “Valores para a vida”.
Publicado originalmente neste blogue em 28/11/2018.
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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