Noutro dia, encontrei na Internet este diálogo cuja autoria desconheço.
Gabriela envia uma mensagem para o whatsApp de Rodrigo.
- Boa noite, Rodrigo. Preciso falar com você
A esposa lê a mensagem e responde:
- Sou a esposa dele. Quero saber que história é essa de mandar boa noite para o meu marido. Quem você pensa que é?
Gabriela responde:
- Sou a professora do filho de vocês. Na ficha escolar você colocou seu nome como a primeira pessoa a ser chamada quando necessário e por isso te mandei vários recados no caderno da criança, mas você nunca respondeu; que tal olhar o caderno do seu filho o tanto quanto olha o whatsApp do marido?
O “pano de fundo” do conteúdo desse diálogo não é raro de acontecer.
Entretanto, ele nos leva a uma reflexão acerca dos limites e cuidados que devemos ter no relacionamento escola/família/escola.
Cada família tem seus acordos e critérios no que diz respeito à privacidade e comunicação que, muitas vezes, podem não ser compreendidos pelos outros. Há que se ter cuidado para não invadir a privacidade do casal.
Por isso, a comunicação com a família deve ser aberta e não impulsiva e invasiva.
Neste caso, o melhor seria responder apenas explicando para a mãe os motivos de você ter se comunicado com o marido sobre assunto vinculado ao filho deles, o que foi feito. Deve-se enfatizar que as comunicações da professora com a família são sempre relacionadas a temas escolares.
A última frase do diálogo, além de ser uma “tirada” sarcástica, pode ser conclusão precipitada pois o assunto pode eventualmente ter explicação plausível e, nesse caso, será ofensiva à mãe, o que, talvez, causará uma ruptura difícil de ser superada a curto prazo (mesmo que seja verdade).
Melhor teria sido sugerir à mãe que verificasse o caderno do filho com regularidade para contribuir positivamente com o aproveitamento escolar dele, e, assim, evitar mal-entendidos.
Há que se agir sempre com profissionalismo e com foco no bem-estar da criança, facilitando o seu aprendizado e a sua educação.
Sob o meu olhar, no diálogo objeto deste post, tanto a mãe quanto a professora foram precipitadas e perderam uma ótima oportunidade para estreitar os laços de parceria entre a escola e a família.
Mas, quem não ...?
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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