Roberto Gameiro
Parte da Humanidade está doente.
Desde os irmãos Caim e Abel.
John Fitzgerald Kennedy, 35º Presidente americano, no seu discurso à Assembleia Geral da ONU, em 1961, disse:
“A humanidade tem de acabar com a guerra antes que a guerra acabe com a humanidade.”
Várias décadas nos separam desse momento histórico. Muitos já repetiram essa frase em circunstâncias de emoção, de tristeza, de tragédias, de genocídios e de esperança.
No entanto, as guerras estão aí espalhadas pelo mundo afora ceifando vidas, todas elas preciosas, desestruturando nações, instituições e famílias.
Causando traumas psicológicos, emigração de pessoas e danos patrimoniais.
Rita Lee e Roberto de Carvalho compuseram, em 1980, uma musica que foi interpretada por Elis Regina, com o título "Alô, alô, Marciano".
Alô, alô, Marciano. Aqui quem fala é da Terra. Pra variar, estamos em guerra. Você não imagina a loucura. O ser humano tá na maior fissura ...
Escrita há 43 anos, essa letra cai como uma luva nos dias de hoje.
O drama da humanidade começou com uma pedra. Hoje, há o risco de uma guerra com armas nucleares, o que é deveras preocupante pois poderá provocar uma devastação em nível planetário.
Há, portanto, que se trabalhar incansavelmente para o desarmamento nuclear em todos os países.
Eu sou um otimista por princípios. Procuro, sempre, encontrar o caminho da conciliação, do consenso, da paz.
Entretanto, na curadoria que desenvolvi para escrever este texto, encontrei mais expressões de desesperança realista do que de esperança pacificadora.
Uma delas, que me tocou demais, foi a que preconiza que se conseguirem encontrar vida em outros planetas, os Humanos destruirão todos.
Entretanto, ainda há esperança.
Um novo mundo ainda é possível.
E começa pela Educação. Pela parceria positiva entre a família e a escola. A primeira, cuidando da educação para a moral, a ética e os bons costumes; a segunda, cuidando da formação das crianças e adolescentes, desde as mais tenras idades, para a aquisição de competências e habilidades que as levem a ser bons cidadãos, conscientes, partícipes e solidários.
É a “Educação para a paz”, que se baseia nos valores de tolerância, compreensão e resolução pacífica dos conflitos, sejam eles familiares, sociais, profissionais, locais, regionais, nacionais ou globais. Deveria estar nos currículos escolares de todos os níveis de Ensino.
Segundo a INEE (Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergência), a educação para a paz é o processo de promoção de conhecimentos, competências, atitudes e valores necessários para criar mudanças no comportamento, que permitam às crianças, aos jovens e às pessoas adultas prevenir conflitos e violência, tanto explícitos como estruturais, resolver os conflitos de forma pacífica e criar as condições propícias à paz, seja a nível interpessoal, intergrupal, nacional ou internacional. (1)
As crianças e adolescentes de hoje serão os adultos que no futuro vão tomar as decisões que poderão evitar que a destruição advinda das guerras comprometa a nossa própria existência como humanidade.
Eu acredito!
Ah! Em tempo - John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963 em Dallas, Texas, EUA, aos 46 anos de idade.
Referência
(1) INEE, Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergência. Encontrado em https://inee.org/pt/eie-glossary/educacao-para-paz. Acessado em 27/09/2023.
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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br
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