O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

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sábado, 7 de outubro de 2023

A CAPACITAÇÃO, O MERCADO DE TRABALHO E A CIDADANIA

Ponto De Interrogação, Labirinto, Perdeu


Roberto Gameiro


Quando o trem parava em cada uma das estações, ele descia e batia com um martelo em todas as rodas da composição. Ele sabia do valor do seu trabalho porque o trem só saía depois que ele tivesse batido em todas as rodas. E se sentia “importante”. Assim foi durante 35 anos.


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Um dia antes de se aposentar, o novo funcionário, o que ia substituí-lo e passara o dia com ele para aprender o ofício, quis saber o porquê de se bater nas rodas, o que o deixou chateado, mas respondeu-lhe: ora, eu trabalhei esse tempo todo sem saber, e você logo no primeiro dia já quer saber? 


Esse relato, que pode ser fictício embora eu não tenha elementos para afirmar, é encontrado nas redes sociais com diferentes formas e desfechos; ele nos remete ao questionamento sobre a importância da capacitação e do treinamento, para o exercício de uma atividade laborativa ou da própria cidadania.


Por oportuno, vale lembrar que a capacitação profissional se refere à criação de competências, ensinando habilidades para desempenhar uma determinada função, enquanto treinamento profissional refere-se à obtenção de novas e melhores formas para pôr em prática uma habilidade já existente. 


Fictício ou não, o relato acima nos estimula a realizar uma análise do contexto que nos apresenta: percebe-se que além da falha do funcionário, há uma falha da empresa que não conseguiu identificar essa fragilidade ao longo de tanto tempo; de gestores de RH, com certeza com nível superior de escolaridade, que não tiveram a percepção da importância dessa função para a segurança dos passageiros, constituindo, portanto, um ato de desrespeito aos usuários do serviço e, consequentemente, um ato falho de cidadania.


Remete-nos, também, por tabela, à importância da formação escolar para o mercado de trabalho e para o exercício da cidadania, colocando-nos no âmbito das escolas em seus diversos níveis.


E aqui, é importante abordar a figura do professor e sua formação na educação básica e na licenciatura.


Ao abordar esta temática, com especial enfoque na figura do professor, trazemos à tona uma importante discussão, em torno da qual orbitam as preocupações dos gestores escolares, na medida em que se questiona o processo de formação desse profissional, imprescindível para que se garanta educação de qualidade para esta e para as próximas gerações.


Precisamos, nas nossas escolas, de professores capacitados para o uso das novas tecnologias, que se tornem presença junto dos alunos como mediadores, orientadores, verdadeiros gestores das aprendizagens. 


Que ajudem os estudantes a utilizar de maneira equilibrada e saudável as novas mídias e as redes sociais em prol da construção de novos conhecimentos, tornando prazerosas, instigadoras e desafiadoras as aulas e demais atividades pedagógicas, incluindo a conscientização para a cidadania, bem como para ações e posturas cidadãs. 


Que consigam aplicar e fazer aplicar as teorias na prática, capacitando os jovens para enfrentar e vencer os desafios que a vida lhes trará, em especial no mercado de trabalho, para que, capacitados, capacitem e treinem aqueles com quem venham a trabalhar, numa práxis renovadora e realizadora.


A pergunta que não quer calar é: podemos ter a esperança de que um dia o nosso sistema educacional como um todo vai formar professores com essas competências?


Artigo publicado no "Portal UAI" em 17/05/20 e na revista "Nova Família" em 18/05/20

Publicado originalmente em 17/05/2020

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Roberto Gameiro é Mestre em Administração com ênfase em gestão estratégica de organizações, marketing e competitividade; habilitado em Pedagogia (Administração e Supervisão); licenciado em Letras; pós-graduado (lato sensu) em Avaliação Educacional  e em Design Instrucional. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br

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domingo, 19 de dezembro de 2021

ONDE ESTÁ A FILA PARA VER JESUS?


Roberto Gameiro


Circula pelas redes sociais um videoclipe com uma linda música “Onde está a fila para ver Jesus?” (Where’s the line to see Jesus?).


A autora, Becky Kelley, escreveu que há alguns anos, estando num shopping, na época de Natal, seu sobrinho viu crianças que faziam fila para ver Papai Noel, e perguntou-lhe onde estava a fila para ver Jesus, já que no Natal celebra-se o Seu nascimento.

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI E OUÇA!

Essa é uma daquelas perguntas desconcertantes que as crianças nos fazem às vezes e que nos levam a profundas reflexões acerca das nossas posturas.


Papai Noel é uma figura, uma personagem lendária, criada pelo homem, e retrata um bom velhinho que traz, no Natal, presentes para as crianças de bom comportamento. Faz parte do imaginário das crianças, e sua vinda é festejada no fim de cada ano, especialmente pelo comércio e pelas mídias. Apesar da intensa exploração comercial da figura, não deixa de ser uma mensagem de paz e amor num mundo tão carente de amorosidade. E as crianças se encantam com ele.


Entretanto, há que se considerar que à intensa valorização do Papai Noel, contrapõe-se um certo esquecimento do verdadeiro motivo da celebração do Natal: o nascimento de Jesus, filho de Deus, e que com Ele e o Espírito, constitui a Trindade Divina: Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus em três Pessoas.


Deus criou o homem. O homem criou o Papai Noel. Apesar de esdrúxula a comparação, devido à distância valorativa que separa as duas afirmações, neste contexto, ela nos serve para auxiliar na reflexão.


É como se fôssemos ao aniversário de alguém e valorizássemos mais quem trouxe os presentes, do que o próprio aniversariante…


E mais; revela também, e reforça, a percepção do distanciamento que as pessoas estão tendo da espiritualidade, motor da fé que justifica e anima nossas vidas.


Miremo-nos nos exemplos de Zaqueu, que arriscou tudo para ver o Cristo, e nos três Reis Magos que vieram de longe para visitar Jesus.


Lembremo-nos, também, que o Papai Noel só aparece no Natal. Jesus está conosco sempre; ontem, hoje e sempre. Nas nossas mentes e nos nossos corações. 


Nada contra o Papai Noel, mas… onde está a fila para ver Jesus? 

Publicado originalmente em 25/12/2016


Veja o videoclipe clicando aqui.

Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia no dia 25/12/2016.


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sábado, 19 de dezembro de 2020

PODCAST - ONDE ESTÁ A FILA PARA VER JESUS?



PODCAST DE ROBERTO GAMEIRO

ONDE ESTÁ A FILA PARA VER JESUS?


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domingo, 22 de dezembro de 2019

MENSAGEM: NATAL- MOMENTO DE DOAR E DOAR-SE

MENSAGEM DE ROBERTO GAMEIRO
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ONDE ESTÁ A FILA PARA VER JESUS?


Publicado em 25/12/16. Atualizado em 17/12/19

Roberto Gameiro

Circula pelas redes sociais um videoclipe com uma linda música “Onde está a fila para ver Jesus?” (Where’s the line to see Jesus?).

A autora, Becky Kelley, escreveu que há alguns anos, estando num shopping, na época de Natal, seu sobrinho viu crianças que faziam fila para ver Papai Noel, e perguntou-lhe onde estava a fila para ver Jesus, já que no Natal celebra-se o Seu nascimento.

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI

Essa é uma daquelas perguntas desconcertantes que as crianças nos fazem às vezes e que nos levam a profundas reflexões acerca das nossas posturas.

Papai Noel é uma figura, uma personagem lendária, criada pelo homem, e retrata um bom velhinho que traz, no Natal, presentes para as crianças de bom comportamento. Faz parte do imaginário das crianças, e sua vinda é festejada no fim de cada ano, especialmente pelo comércio e pelas mídias. Apesar da intensa exploração comercial da figura, não deixa de ser uma mensagem de paz e amor num mundo tão carente de amorosidade. E as crianças se encantam com ele.

Entretanto, há que se considerar que à intensa valorização do Papai Noel, contrapõe-se um certo esquecimento do verdadeiro motivo da celebração do Natal: o nascimento de Jesus, filho de Deus, e que com Ele e o Espírito, constitui a Trindade Divina: Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus em três Pessoas.

Deus criou o homem. O homem criou o Papai Noel. Apesar de esdrúxula a comparação, devido à distância valorativa que separa as duas afirmações, neste contexto, ela nos serve para auxiliar na reflexão.

É como se fôssemos ao aniversário de alguém e valorizássemos mais quem trouxe os presentes, do que o próprio aniversariante…

E mais; revela também, e reforça, a percepção do distanciamento que as pessoas estão tendo da espiritualidade, motor da fé que justifica e anima nossas vidas.

Miremo-nos nos exemplos de Zaqueu, que arriscou tudo para ver o Cristo, e nos três Reis Magos que vieram de longe para visitar Jesus.

Lembremo-nos, também, que o Papai Noel só aparece no Natal. Jesus está conosco sempre; ontem, hoje e sempre. Nas nossas mentes e nos nossos corações. 

Nada contra o Papai Noel, mas… onde está a fila para ver Jesus?
Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia no dia 25/12/2016.


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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor na área de “Gestão de escolas de Educação Básica”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br


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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

QUEM VAI CHEGAR NO NATAL?

cena do presépio

Roberto Gameiro

Certa feita, o diretor de uma escola, num fim de ano, por ocasião do Advento, visitou uma turma de terceiro ano para conversar com as crianças sobre esse momento importante do Cristianismo. Depois de introduzir o assunto, perguntou para os alunos: “Quem vai chegar no dia 25 de dezembro? ” (Ele estava certo de que a resposta seria: “O menino Jesus!!!”.)

Mas qual não foi a sua “surpresa” quando a turma respondeu em uníssono: “Papai Noel!!”


Essa resposta da turma fez o diretor “balançar” um pouco, mas foi momento propício para um diálogo muito interessante e proveitoso com a turminha.

Quem ganhou mais com essa experiência?

As crianças, com certeza, ganharam muito, pois foram lembradas sobre a verdadeira motivação do Natal: o nascimento de Jesus, que é sinônimo de amor e compaixão, sem deixar de valorizar, na medida ponderada, a lenda do bom velhinho que encanta as crianças nessa época do ano, o que, no todo, gratificou profundamente o diretor pela oportunidade.

Melchior, Baltasar e Gaspar, os Reis Magos, vieram de longe e trouxeram presentes para Jesus, os quais representavam a alegria que lhes tomava o coração pelo nascimento do Salvador. Natal é momento sim de dar e receber presentes, mas, mais do que isso, é época de doar e doar-se, levando alegria aos que nos são caros, mas também àquelas pessoas que esperam muito pouco: atenção, carinho, um contato, uma presença.

No Natal, cabem Jesus e Papai-Noel na vida das crianças, mas há que se fazer as crianças discernirem sobre as grandes diferenças que existem entre ambos. 

O texto bíblico diz que devemos disseminar a “Boa Nova” constantemente, “oportuna e inoportunamente”.

Fica, então, a pergunta: estamos realmente sendo fiéis à recomendação do Apóstolo Paulo?

Ah! Apenas para registrar: aquele diretor era eu. 

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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 24/12/2017 sob o título "Quem vai chegar?".


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