O TEXTO NO CONTEXTO COMO PRETEXTO - Para debates em família e na escola - Roberto Gameiro

domingo, 29 de dezembro de 2019

VIVÊNCIA COM OS FILHOS. TEMPOS QUE NÃO VOLTARÃO


Seguro, Família, Protecção, Pessoas















Roberto Gameiro

Há que se buscar usufruir da alegria dos momentos de vivência com os filhos. Tempos que não voltarão.

O que pode ser mais agradavelmente impactante na vida de um homem e de uma mulher do que a alegria do nascimento de um filho? Uma criança, na vida de um casal, além de ser a realização de um sonho, é motivo para recomeços, novas experiências, novas buscas, novas manhãs, novos ventos.

“Estrada do Sol”, música de Tom Jobim e Dolores Duran, nos apresenta uma das letras mais bonitas que já conheci do cancioneiro nacional, além de uma melodia cativante. 

“É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu (...), ainda estão a dançar (...); quero que você me dê a mão, vamos sair por aí sem pensar no que foi que sonhei, (...)que sofri, (...) me dê a mão vamos sair pra ver o sol.”

Várias são as interpretações que se podem colher do texto dessa canção, mas escolho a alegria contagiante desses versos, que nos remete a uma felicidade, mesmo que passageira, como toda felicidade é, que apazigua corações e conforta expectativas.

A vida é um somatório de momentos. Momentos de alegria, momentos de tristeza, momentos de expectativas, momentos de realizações, momentos de decepções. 

Rubem Alves, no seu “Tempus Fugit”, escreveu: “Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será...”

A nossa existência é realmente um somatório de tempos que nunca mais voltarão. 

Os filhos nos propiciam a vivência de momentos incrivelmente ricos, que, além de reforçar o amor maternal e paternal, aquecem os nossos corações de pais, fazendo-nos superar, juntos, o que eventualmente choramos e o que sofremos. São ocasiões importantes para ressaltar o valor da família como núcleo formador da prole em moral e ética. Além, é claro, de nos aproximar amorosamente das experiências das faixas etárias deles.

O saudoso Ataulfo Alves (1909-1969), compositor e cantor brasileiro, escreveu na sua canção “Tempos de Criança”: eu era feliz e não sabia. Assim, também, nós adultos temos muitas oportunidades de viver  a felicidade na companhia das nossas crianças e adolescentes fazendo-os e fazendo-nos felizes, conscientes da importância do aqui e agora. 

Saibamos, pois, aproveitar e privilegiar esse mundo mágico da infância de nossos filhos, rendendo-nos de mãos dadas com eles, antes que seja tarde e só possamos nos arrepender por não tê-lo feito. 

Mas, mais do que isso, lembremo-nos que “filho não tem idade”. Qualquer momento que possamos passar na companhia de nossos filhos, qualquer que seja a idade deles, é, sem dúvida, tempo oportuno para agradecermos a Deus o dom da vida. 

Esqueçamos, nessas horas, as atribulações que o dia a dia nos traz. 

E vamos sair para ver o sol!

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Roberto Gameiro é Palestrante, Consultor e Mentor nas áreas de “Gestão de escolas de Educação Básica” e “Educação de crianças e adolescentes”. Contato: textocontextopretexto@uol.com.br.

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domingo, 22 de dezembro de 2019

MENSAGEM: NATAL- MOMENTO DE DOAR E DOAR-SE

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ONDE ESTÁ A FILA PARA VER JESUS?


Publicado em 25/12/16. Atualizado em 17/12/19

Roberto Gameiro

Circula pelas redes sociais um videoclipe com uma linda música “Onde está a fila para ver Jesus?” (Where’s the line to see Jesus?).

A autora, Becky Kelley, escreveu que há alguns anos, estando num shopping, na época de Natal, seu sobrinho viu crianças que faziam fila para ver Papai Noel, e perguntou-lhe onde estava a fila para ver Jesus, já que no Natal celebra-se o Seu nascimento.

Este artigo já tem a sua versão editada e ou atualizada em PODCAST no SPOTIFY para sua comodidade ou para pessoas com deficiência. CLIQUE AQUI

Essa é uma daquelas perguntas desconcertantes que as crianças nos fazem às vezes e que nos levam a profundas reflexões acerca das nossas posturas.

Papai Noel é uma figura, uma personagem lendária, criada pelo homem, e retrata um bom velhinho que traz, no Natal, presentes para as crianças de bom comportamento. Faz parte do imaginário das crianças, e sua vinda é festejada no fim de cada ano, especialmente pelo comércio e pelas mídias. Apesar da intensa exploração comercial da figura, não deixa de ser uma mensagem de paz e amor num mundo tão carente de amorosidade. E as crianças se encantam com ele.

Entretanto, há que se considerar que à intensa valorização do Papai Noel, contrapõe-se um certo esquecimento do verdadeiro motivo da celebração do Natal: o nascimento de Jesus, filho de Deus, e que com Ele e o Espírito, constitui a Trindade Divina: Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus em três Pessoas.

Deus criou o homem. O homem criou o Papai Noel. Apesar de esdrúxula a comparação, devido à distância valorativa que separa as duas afirmações, neste contexto, ela nos serve para auxiliar na reflexão.

É como se fôssemos ao aniversário de alguém e valorizássemos mais quem trouxe os presentes, do que o próprio aniversariante…

E mais; revela também, e reforça, a percepção do distanciamento que as pessoas estão tendo da espiritualidade, motor da fé que justifica e anima nossas vidas.

Miremo-nos nos exemplos de Zaqueu, que arriscou tudo para ver o Cristo, e nos três Reis Magos que vieram de longe para visitar Jesus.

Lembremo-nos, também, que o Papai Noel só aparece no Natal. Jesus está conosco sempre; ontem, hoje e sempre. Nas nossas mentes e nos nossos corações. 

Nada contra o Papai Noel, mas… onde está a fila para ver Jesus?
Artigo publicado no jornal “O Popular” de Goiânia no dia 25/12/2016.


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domingo, 15 de dezembro de 2019

MENSAGEM: FORMAÇÃO DOS FILHOS: ENTRE A MENTIRA E A VERDADE

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

A VALORIZAÇÃO DO OUTRO

Mãe, Bebê, Amor, Pôr Do Sol, Praia, Jogar, Feliz
Atualizado em 23/03/22

Roberto Gameiro

Muitas vezes, fazemos as perguntas erradas que por certo nos levarão a respostas erradas. O indivíduo humano é um ser de relações. Relações de vida. De vida em abundância.


Certa vez, quando garoto, consegui completar um álbum de figurinhas que prometia como prêmio uma máquina fotográfica. Comprei a última figura que faltava por um determinado valor e fui, com ar de vitorioso, retirar o meu “prêmio”. Foi quando constatei que tinha pagado pela tal figurinha “carimbada” uma quantia bem maior do que valia o objeto que “ganhei”; despendi mais do que recebi.  Esse fato ficou marcado na minha trajetória de vida, constituindo um aprendizado significativo que, vez ou outra, me vem à mente. 

A propósito, noutro dia, estive me fazendo algumas perguntas: quanto vale investir numa amizade? quanto vale ser útil para alguém? quanto vale investir num amor? quanto vale investir na educação de um filho? E percebi, logo no início da minha reflexão, que as respostas a essas perguntas nos remetem a algo muito mais relevante do que a um simples “valor”, e, rapidamente, substitui a expressão “quanto vale” por “qual a importância de”.

José Carlos Buch, advogado e escritor, escreveu no seu artigo que se encontra no Google sob o título A diferença entre valor e preço: "(...) a grandeza de uma pessoa pode ser traduzida como um ser humano de grande valor e não alguém que tem preço, não é mesmo? O valor nesse caso tem o sentido de estima, apreço, consideração, importância, caráter etc. e isso não pode ser precificado, pois trata-se de uma virtude, de um bem imaterial de quantificação inestimável e impossível de ser traduzida em números.". 

Muitas vezes, fazemos as perguntas erradas que por certo nos levarão a respostas erradas ou equivocadas que nada terão a ver com o pretexto de origem do enunciado das questões. Saber perguntar é a forma mais objetiva de obter respostas condizentes com a motivação do questionamento. O valor semântico das palavras que compõem a pergunta determina a possibilidade de assertividade no significado da resposta. Saibamos, portanto, perguntar para podermos confiar na pertinência das respostas.

A importância de se investir numa amizade ou ser útil para alguém ou investir num amor ou na educação de um filho não está na relação do que "se despende para", com "o que se recebe por".  Trata-se de algo muito maior. Quem gosta de ou ama alguém não se importa com mensuração dessa dedicação, nem com retribuição desta. A dedicação poderá ser maior do que a retribuição, ou ao contrário; mas não é isso que move o ser humano nessas situações. O indivíduo humano é um ser de relações. Relações de vida. De vida em abundância. Isso não tem preço, nem valor mensurável, mas é uma forma amorosa de ressaltar o valor do outro. 

O Padre Fábio de Melo tem uma gravação que cabe bem nesse contexto de valorização do outro, seja por amizade ou por amor ou por utilidade. No vídeo “Ser útil e ser amado”, diz: “feliz daquele que tem ao fim da vida a graça de ser olhado nos olhos e ouvir a fala que diz:  você não serve para nada, mas eu não sei viver sem você.”.



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Artigo publicado no jornal "O Popular" de Goiânia em 07/12/19.


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domingo, 8 de dezembro de 2019

MENSAGEM: VIVENDO UMA ÉPOCA DE INCERTEZAS

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

PRINCÍPIOS, VALORES, NORMAS E REGRAS ORGANIZACIONAIS

Sistema, Rede, Notícias, Conexão



Roberto Gameiro

Se o  conteúdo  de  uma  norma ou regra não  encontrar respaldo, justificativa, num valor preconizado pela organização, das duas uma: ou a regra não está conforme, ou falta a explicitação do princípio ou valor que lhe corresponde. 

I – PRINCÍPIOS E VALORES

É comum, nas organizações, falar-se em “princípios e valores” como declarações que explicitam os compromissos assumidos pela instituição nas várias perspectivas de sua atuação, estando diretamente relacionados à missão. Seus significados devem ser partilhados com todos os que atuam na empresa, e revelam o preferível ou desejável. 

Os princípios e os valores denotam, também, as razões da existência da empresa, as inspirações fundacionais e os porquês.

Entretanto, corriqueiramente se fala em “princípios e valores” e se enumera um elenco de atributos, geralmente louváveis e justificáveis, mas não se elucida quais são “princípios” e quais são “valores”. Ora, se nos referimos a “uns e outros”, é de se esperar que “uns” não sejam a mesma coisa que “outros”.

Costa (2007) registra que “princípios” são características perenes da organização, que, consequentemente, ela não se dispõe a mudar; são as crenças básicas, o credo da instituição, as motivações fundacionais, enfim, aquilo em que se acredita como justificativa da sua existência e que, se forem mudados, se perderá a razão de ser da organização; registra, ainda, que “valores” são características da organização que constituem virtudes, qualidades e méritos considerados importantes para o cumprimento da missão e para perenizar os princípios. Os valores devem ser preservados e incentivados, mas podem ser classificados numa escala entre extremos, como, por exemplo, centrais e periféricos. 

Daí, decorre que “princípios” são mais abrangentes do que “valores”; estes últimos decorrem daqueles e constituem uma espécie de detalhamento, de melhor compreensão da aplicação deles.

Dessa forma, “valorizar a vida em todas as suas dimensões” será um princípio, e “promover a sustentabilidade planetária” será um valor. Esse exemplo de princípio e valor nos remete, também, à constatação da perenidade do princípio e à relatividade do valor. Com efeito, “sustentabilidade” é um valor que começou como periférico há alguns anos, e hoje é valor central em quase todos os planos estratégicos das instituições. Por outro lado, há valores que já foram centrais e hoje voltaram a ser periféricos, com tendência de até desaparecer da escala.

Está na hora de as organizações explicitarem melhor quais são os seus princípios e quais são os seus valores, diferenciando-os. Os clientes e os colaboradores, com certeza, vão agradecer.

II - NORMAS E REGRAS

Assim como os valores decorrem dos princípios, as normas e as regras que regulam a vida, a convivência, os fluxos e os processos, devem ter a ver com aqueles e decorrer deles.

La Taille (2006) escreve que a regra corresponde à formulação “ao pé da letra” e que o princípio corresponde a seu “espírito”. Quem se limita ao conhecimento das regras (...) não somente fica, na prática, sem saber como agir em inúmeras situações (porque não há regras explicitadas para todas), como corre o risco de ser dogmático e injusto, acrescentando que em compensação, quem conhece a missão, os princípios e os valores pode saber guiar-se em diversas situações e decidir como agir.

Assim, se o conteúdo de uma norma ou regra não encontrar respaldo, justificativa, num valor preconizado pela organização, das duas uma: ou a regra não está conforme, ou falta a explicitação do princípio ou valor que lhe corresponde. 

Há que se pontuar, também, que elas se referem a todos os processos que ocorrem na organização, seja na área estratégica, seja na área operacional. Todos têm de ser disciplinados no cumprimento de suas atribuições/obrigações, desde o ocupante da função mais simples, até o da função mais complexa. 

A norma, você segue; a regra, você cumpre. A regra é imposta; a norma é estabelecida. Assim, o enunciado: "O uniforme faz parte da identidade da organização" é uma norma; já uma regra decorrente, seria: "O uso do uniforme é obrigatório". Ou seja, a regra decorre da norma. 

Lembrando sempre que somos espelhos para os públicos interno e externo e, como espelhos, temos de refletir imagens claras, bem nítidas de testemunho de moral e ética, sendo bons exemplos, atendendo prazos e atribuições.

Para que se tenha disciplina e ordem em todos os segmentos, departamentos e setores, há que se ter normas e regras que as regulem, de forma que o ambiente organizacional propicie condições para o cumprimento adequado da Missão, para o alcance das Metas e para a longevidade saudável da Instituição.


III - REFERÊNCIAS


COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

LA TAILLE, Yves de. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Publicado originalmente em 07/12/17

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domingo, 1 de dezembro de 2019

MENSAGEM: BUSCANDO A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

MENSAGEM: RESPONSABILIDADES DA FAMÍLIA E DA ESCOLA

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domingo, 24 de novembro de 2019

PESSOAS DE REFERÊNCIA



Roberto Gameiro
A Família é o lastro de segurança, o porto seguro que norteia as ações e delimita a construção e a implementação da nossa filosofia de vida. Esse lastro é complementado pela Escola.
Na escola, que recebe imediatamente o eco e os efeitos das mudanças sociais, o controle da disciplina, a colocação de limites, o cumprimento de normas, necessários para a formação do bom cidadão, ganham contornos que exigem constantes atualização e aprimoramento das competências dos educadores.
Há alguns anos, a família brasileira, atônita, tomou conhecimento do caso da filha que planejou o assassinato dos próprios pais. Muito se escreveu a respeito. Muito se discutiu. Devemos, entretanto, tomar muito cuidado para não generalizar aquela postura doentia de uma jovem, para a maioria da juventude. A nossa juventude é, basicamente, constituída de meninos e meninas bons, solidários e afetuosos, que valorizam as relações e, principalmente, a família.
Pesquisa do Datafolha, de 2008, com jovens com idade entre 16 e 25 anos, revelou que o que 84% deles mais valorizam é a família, percentual esse que passa para 91% entre aqueles com maior renda familiar mensal. Trabalho (97%) e estudo (96%) também foram apontados como valores universais entre os jovens.
Cada Família possui suas características próprias, seus princípios e valores culturais, sociais e religiosos, que cultua, prioriza e procura manter. Nos últimos tempos, as famílias, estupefatas, têm visto crescer, assustadoramente, a violência nas ruas e na sociedade em geral. E, como estruturas sistêmicas que buscam proteger seus membros, fecham-se atrás de grades, alarmes e sistemas de segurança.
Muitas vezes, famílias bem constituídas, preocupadas e vigilantes em relação à educação dos filhos, são pegas de surpresa com atitudes reprováveis dos mesmos na escola, no clube, no prédio…
Hoje, muitas crianças e adolescentes estão confusos e sem perspectiva, por falta de referências que alicercem suas existências, apontem rumos e ajudem a marcar limites.
Testar o adulto, questionar, é próprio do adolescente. Essa testagem, esse questionamento, geralmente nada mais são do que busca de segurança, de amparo, de ponto de referência. Se encontra características de firmeza, afeto, ternura, compreensão e bom senso, ele passa a se considerar, mesmo que não conscientemente, “protegido” por aquele adulto, no qual passa a confiar. Se não encontra aquelas características, o adolescente, num primeiro momento, se sente “vitorioso”:  “venci o adulto”; e esse sentimento de “vitória” é substituído, rapidamente, por um misto de fragilidade e falta de amparo:  “se eu venci o adulto, quem resta agora para me orientar? ”  E é aqui que está o momento delicado que nem sempre conseguimos identificar.

É importante a existência de “pessoas de referência” na vida das crianças e dos adolescentes, que sejam presentes e inspiradoras de posturas e ações construtivas e saudáveis, que encarnem valores profundos e os proclamem com força significativa. De preferência, por óbvio, os próprios pais.

Os professores também podem constituir norte importante na construção dos sentidos de vida de seus alunos; às vezes, independentemente de suas crenças e convicções; às vezes, em função de; às vezes, apesar de.

Publicado originalmente em 09/10/17

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Artigo editado e publicado no jornal “O Popular” de Goiânia em 27/09/17.


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